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Reconecte-se com a Mulher que Existe em Você após a Maternidade

Atualizado: 23 de mar. de 2023

Série Desafios do autocuidado após se tornar mãe


Você é mãe, mas também é mulher. E é possível manter a autoestima e o autocuidado mesmo após a maternidade. Nessa série, traremos relatos reais de mulheres que lutam diariamente para manter suas rotinas de autocuidado e se reconectar com a mulher poderosa que são.


Que nossas experiências compartilhadas sirvam de inspiração para todas vocês!

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Cara leitora, querida mulher, dedicada mãe, essa série foi feita para você que chegou a pensar que sente que deveria dar conta de tudo e não dá.


Somos mães e mulheres como você que todos os dias batalham para manter nutrida a mulher que existe em nós. A mulher que tem sonhos de carreira, romance, viagens. A mulher vaidosa que busca no espelho a sensação de se sentir bonita, mesmo com tantas marcas que a maternidade e seus agregados possam imprimir.


Não é sobre ter uma fórmula mágica ou um produto que você tome e se sinta próxima à mulher que você era antes de ser mãe. É sobre entender que as mudanças vindas com a maternidade podem nos tornar mais fortes, mais seguras e mais conectadas com a mulher linda e poderosa que somos.


Nessa série vamos trazer relatos reais de mulheres que lutam todos os dias, independente da idade que os filhos tenham, para manter a autoestima e o autocuidado.


No primeiro post da série quero compartilhar com vocês um pouco da minha experiência sobre como foi meu reencontro e fusão da mulher e da mãe do Heitor.


Para tornar a leitura mais fluida, vamos trazer perguntas e respostas.

Aqui, não existe a pergunta certa ou errada, resposta certa ou errada, o que existe são mulheres reais.


Vamos ler?!!!


Mãe, mulher, mãe ou/ é mulher, mãe/mulher,

como se reconectar?


Ella: Quando você começou a se sentir mãe, foi durante a gestação ou somente quando o bebê nasceu?


DC: Eu não me sentia mãe nos primeiros meses. No terceiro mês de gestação meu médico disse que quando minha barriga começasse a crescer essa ficha cairia.

A ficha só caiu quando meu filho fez 1 ano.


Ella: No processo de tornar-se mãe, é comum haver uma perda do senso de cuidado pessoal e autoestima?


DC: Minha gestação foi praticamente toda por trás de telas. Muitas pessoas não me viram grávida por conta do Covid. Então, no meu caso eu diria que a perda da mãe para mulher se deu no sentido de ficar bem mais tranquila com vestimentas, maquiagens e outras rotinas que eu tinha quando estava presencialmente com as pessoas.

Mas, acredito que se não fosse o Covid, eu teria tentando manter minhas rotinas de autocuidado até o final da minha gestação . Acredito que se tornar mãe pode mudar algumas escolhas na forma de se vestir e de se cuidar, mas não acredito que sejam seres distintos.


Ella: Quais rotinas de autocuidado você mantinha antes da gravidez que não conseguiu manter durante e após o nascimento do bebê?


DC: Com certeza duas rotinas que mais me fizeram falta foi cuidar dos meus cabelos e unhas. Eu mesma sempre amei fazer e pintar minhas unhas das mãos. Cabelo, todo final de semana eu hidratava, ou fazia finalização para manter os cachos ou escova. Sempre cuidava de alguma forma. Não conseguia ter forças para fazer isso no primeiro ano.


Ella: Na perspectiva da sociedade, qual é o maior desafio para as mães/mulheres em relação ao autocuidado e autoestima?


DC: São muitos desafios. A sociedade espera que a mãe mantenha seu corpo como era antes de ter os filhos. E se essa mãe decide se cuidar logo após o puerpério (como fazer academia, por exemplo) ela sofre julgamentos, como se estivesse abandonando o filho, como se fosse uma ação egoísta. Já ouvi comentários como : “deixa com a avó para ir malhar, que absurdo ”. Vejo também como desafio o modo como uma mãe deve se vestir. Obviamente que as roupas mudam principalmente por conta do peso, dos sutiãs de amamentação e até do conforto de poder brincar e se baixar de forma mais livre para acompanhar a rotina da criança. Mas, o que a sociedade espera da mãe é uma roupa que anule a beleza, a sensualidade, a delicadeza, como ser a mãe fosse um ser que não pudesse mais despertar olhares e ser bela.


Ella: Como é possível manter uma rotina de autocuidado desde o momento em que se descobre a gravidez, a fim de elevar a autoestima?


DC: Parceria e cumplicidade de quem está nessa jornada ao seu lado e rede de apoio é fundamental.

Caso contrário é um processo bem mais complexo.

Não, não tem como romantizar a gestação e os primeiros anos de maternidade.

Sem ajuda realmente fica caótico.

É preciso ser um ser muito evoluído para dar conta de tudo sozinha e ainda ter forças para se olhar no espelho.

Admiro mães solos ou que têm parceiros relapsos e conseguem manter essa rotina desde a maternidade e após a maternidade.



Ella: Como encontrar uma abordagem para a maternidade que permita reconectar-se com a sua identidade como mulher, de modo que possa eventualmente integrar as facetas de mãe e mulher em uma só?


DC: Para muitas mulheres que não possuem rede de apoio nos primeiros e meses e até ano pode ser o mais desafiador. Você sempre vai preferir dormir e descansar ao invés de hidratar o cabelo (salve as exceções).

Porém, penso que dormir, descansar também é uma forma de autocuidado. Se a mãe está descansada a saúde mental e física irá fluir muito melhor.

No segundo ano, se seu bebe já tem uma rotina melhor de sono e alimentação, pode ser que você comece a ter mais tempo e o maior desafio será dar atenção para si ao invés de dobrar uma roupa ou fazer algo que demande a organização da casa.

E é nesse momento que você começa a listar as prioridades.

Aqui em casa meu marido “me obrigava” a tirar esse tempo para mim. Voltar a fazer cabelo, unhas, ou simplesmente assistir um filme e relaxar. A louça pra lavar, a roupa para dobrar nós nos unimos para dar conta depois.

Nesse processo fui me reconectando com a mulher que eu havia abandonado e aos poucos iniciando essa fusão.


Ella: Hoje você consegue ter uma perspectiva melhor sobre a necessidade do autocuidado e como essa prática pode impactar no seu maternar?


DC: Sim, hoje consigo perceber que, quando estou bem, meu filho fica bem.

Uma das rotinas que alinhei com meu marido foi sobre meu banho pela manhã. Eu sempre tive essa necessidade. Meu dia só começa depois do banho. E por algum tempo eu passei por cima disso. Mesmo quando ele dizia para eu manter a rotina eu me boicotava.

Eu esperava meu filho tirar o primeiro cochilo do dia e às vezes demorava. Eu fiquei extremamente estressada. Quando eu acordava, tomava banho, colocava um brinco, me arrumava, eu era outra mulher/mãe.

Eu sorria, brincava, passeava com meu filho e ele seguia uma rotina mais relaxada.

Ele relaxada eu tinha mais tempo para trabalhar e todo processo acontecia de forma bem mais natural.

Então, hoje eu penso que o autocuidado não tem haver com ser egoísta, tem haver com ser uma mulher sã e uma mãe melhor.


Ella: Qual conselho você daria para uma mãe que busca se reconectar com a sua identidade como mulher enquanto lida com a maternidade?


DC: Conselhos são difíceis de dar quando não se conhece o contexto.

Por isso, o conselho que eu teria dado para mim mesma seria: Tome seu banho pela manhã.

Isso quer dizer que, se você tem algo que te faz se sentir bem, plena e preparada antes de ser mãe, tente manter o máximo que você puder depois que se tornar mãe.


Ella: Uma certa vez li um relato da Médica influencer Dr. ª Ana Bárbara Jannuzzi sobre o uso do brinco no puerpério, ela escreveu esse bilhete abaixo e essa mensagem, vou deixar o link do posto, mas também quero destacar uma trecho que me motivou;


“Escolha algo que te faça sentir bem e use, pode ser uma roupa que você goste, que seja confortável, e que você se sinta bonita. No meu caso foram os brincos. Eu me senti melhor comigo quando usava, e continuo aplicando até hoje. Coisa pequena, mas faz bastante diferença, acredite.”


Então, para mim era o banho, para Drª Jannuzzi o brinco e para você, certamente deve haver algo. Descubra e inclua na sua rotina e logo o reencontro entre a mãe e a mulher irá acontecer. Tudo no seu tempo e sem pressa.


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Fonte: Instagran @drajannuzzi. Leia o post completo clicando no imagem


Espero que esse relato tenha te trazido alguma inspiração.


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